Mapeamento em áreas de risco




   Tendo em vista o período de chuvas, mais sujeito a desastres naturais que põem vidas e patrimônio em risco, além de trazer sérios prejuízos ao meio ambiente devido à ocupação humana de forma desordenada, a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa Civil vem trabalhando desde fevereiro de 2013 com o mapeamento das áreas de risco em todo o Distrito Federal. No levantamento deste ano foi constatado que existem 33 áreas consideradas de risco, em 15 Regiões Administrativas, por estarem localizadas em solo arenoso, argiloso ou próximos a encostas ou à beira de rios. Nesses locais existem cerca de 2.051 residências consideradas em situação de alto risco. 

   “No mapeamento de 2013 houve redução de duas Regiões Administrativas (Sobradinho I e Varjão) com áreas de risco, em relação ao levantamento de 2012. Graças ao trabalho realizado pela Defesa Civil com o apoio dos demais órgãos do GDF participantes dessa missão, os moradores dessas cidades têm toda a tranquilidade para viver com segurança. Mas lembramos que esse trabalho é permanente e exige a participação da comunidade para ser bem sucedido”, afirmou o secretário de Defesa Civil, Coronel Ribeiro.
Além disso, nesse mesmo mapeamento foi registrado a diminuição de quatro áreas de risco, em relação ao levantamento de 2012: Condomínio Privê, Bernardo Sayão, Parque Ecológico do Riacho Fundo I e Varjão.

   A Defesa Civil tem atuado para reduzir a presença das pessoas em lugares ameaçados – por meio da constante conscientização realizada por seus técnicos e das remoções dos moradores a áreas mais seguras, quando necessário –, sempre alertando sobre os perigos que se potencializam no período chuvoso. Esses locais de risco, com construções não planejadas, foram ocupados irregularmente em pontos já propícios à erosão do solo e, portanto, sujeitos a deslizamentos e desabamentos. O órgão realiza também o constante monitoramento dos locais, averiguando a iminência do
perigo e o crescimento dos riscos. Diante da preocupação permanente com a vida das pessoas, a Defesa Civil fez 345 notificações e 88 interdições no ano de 2013.
   Nessa atuação, eminentemente preventiva, a Defesa Civil tem contado com o envolvimento de lideranças comunitárias, administrações regionais, a parceria com a Casa Civil e outros envolvidos no planejamento e desenvolvimento urbano a fim de determinar a existência e o grau de vulnerabilidade e exposição a essas ameaças. A Defesa Civil lembra que é fundamental oportunizar conhecimento e capacitar as pessoas para minimizar os desastres, especialmente as que estão em áreas de riscos. Hoje, as principais áreas de risco estão concentradas em quatro localidades: Fercal, Sol
Nascente (Ceilândia), Vila Rabelo e Vicente Pires, devido à ocupação irregular, sem a necessária infraestrutura. Por isso, recebem atenção especial das equipes da Defesa Civil, que realizam vistorias, com o apoio de voluntários, e estão em constante contato com seus
moradores e líderes comunitários.

                                     Proteção Comunitária
   Sempre agindo de forma preventiva, a subsecretaria de Proteção Comunitária realiza em todo o Distrito Federal, um trabalho exemplar de integração entre a Defesa Civil, voluntários e a sociedade, por meio de contatos diretos com os Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (NUPDECs). “Essa atuação da Defesa Civil em parceria com a comunidade e voluntários tem proporcionado ótimos resultados, que garantem a preservação de vidas, do patrimônio público e privado, além do meio ambiente. Graças a essa atuação preventiva e permanente, podemos minimizar os riscos de desastres, potencializados nesse período chuvoso”, declarou a subsecretária de Proteção Comunitária, Cleide Lacerda.

   Apesar da diminuição do número de locais ameaçados, a população tem sido conscientizada sobre os perigos desse período que vai de outubro a março. É bom reforçar que a maioria desses locais de risco foram ocupados irregularmente em pontos já propícios à erosão do solo, causada por construções não planejadas e, muitas vezes, erguidas de forma precária. O órgão realiza também o constante monitoramento dos locais, averiguando a iminência do perigo e o crescimento dos riscos. Além disso, informa tanto os moradores quanto o governo sobre o que pode ser feito nas regiões.

Principais problemas encontrados no mapeamento realizado
 neste ano:

• Ocupação irregular do solo;
• Falta de sistema de drenagem de águas pluviais;
• Falta de saneamento básico;
• Lixo e entulho;
• Esgoto a céu aberto;
• Estrutura precária das casas;
• Má fixação dos telhados das casas;
• Águas servidas são jogadas nas encostas;
• Casas próximas a erosão;
• Lixo e esgoto jogados em córregos;
• Difícil acesso dos bombeiros.

                                                  Dicas úteis
                    Como prevenir-se das chuvas nas áreas de risco:
• Evitar os cortes verticais do talude (terra);
• Evitar a plantação de bananeiras (planta pesada e de raiz superficial) nas encostas,
dando preferência às plantas mais leves e de raízes profundas, como o bambu;
• Não jogar lixo nas encostas, córregos e bocas de lobo;
• Construir calhas nos telhados, conservando-os limpos;
• Construir canaletas no chão para direcionar a água;
• Manter limpos os ralos, esgotos, galerias, valas etc;
• Aterrar buracos que acumulam água;
• Reforçar muros e paredes poucos confiáveis;
• Providenciar a poda ou o corte de árvores com risco de queda;
• Incentivar a criação de grupos de cooperação entre os moradores em locais de risco.
• Não construir moradias às margens de cursos d’água, sobre aterros ou próximos de brejos;
• Construir a casa sempre em nível mais elevado que o curso d’água mais próximo;
• Observar se as árvores estão ficando inclinadas, se há trincas novas nas paredes das
casas ou no chão e se há movimentação do terreno;
• Observar se a água da chuva está barrenta e contendo plantas e troncos, pois poderá
ser um sinal de inundação;
• Acreditar nas ameaças feitas pelas chuvas!


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