7 de setembro
Ministro admite que protestos podem ter preocupado população do DF
Mariana Jungmann e Mariana Tokarnia
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
O desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios durou pouco mais de uma hora e foi considerado um sucesso pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Perguntado sobre a baixa participação popular, ele reconheceu que pode ter havido receio do público com as manifestações anunciadas em redes sociais. Para Carvalho, "houve certo receio e isso pode ter afastado um pouco a população".
Após pouco mais de uma hora, o desfile foi encerrado na capital. Apesar da redução do tempo da tradicional parada militar, o ministro considerou a cerimônia um sucesso. Ele negou que as autoridades tenham se sentido intimidadas com as manifestações programadas para o sete de setembro.
“Não houve medo nenhum. Eu trouxe meu filho. As pessoas trouxeram a família. Houve um belo desfile cívico”. Gilberto Carvalho justificou a redução do tempo das comemorações da Independência, que normalmente duram cerca de três horas, e a ausência da filha e do neto da presidenta ao fato de Dilma ter chegado na madrugada de hoje da viagem à Rússia – para a cúpula do G-20 – e estar cansada.
A percepção de quem acompanhou o desfile, entretanto, foi diferente. Para o advogado mineiro Antonio Frank Barbosa, que estava de passagem por Brasília, houve baixa participação, o que considera prejudicial à democracia. “Foi um desfile só para militares. Não tinha povo. Não tinha pipoqueiro nem picolé. É a maior prova de que o povo não participou.”
Segundo o comandante militar do Planalto, general Gerson Menandro, o desfile ocorreu "no horário e nas condições previstas. Proporcionamos um ambiente de segurança. Tinha espaço nas arquibancadas, as pessoas podiam levantar, aplaudir, tudo em um ambiente de paz", disse.
De acordo com Menandro, a maior quantidade de arquibancadas pode ter dado a sensação de que o desfile estava mais vazio que nos anos anteriores. "Mas as arquibancadas, até onde pude ver, estavam lotadas".
Neste ano, a Esquadrilha da Fumaça não se apresentou em função da substituição dos aviões T-27 (Tucano), pelos A-29 (Super Tucano).
O vice-presidente da Associação Nacional de Veteranos Brasileiros, coronel Nestor da Silva, foi porta-bandeira no desfile. Ele serviu ao Exército por 30 anos. Uma das lembranças mais marcantes foi ter participado da 2ª Guerra Mundial, a outra foi ter sido paraquedista.
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