Finalista

ONG da Cidade Estrutural chega à final do Prêmio Fundação BB

Concorrendo com mais de 1,1 mil inscritos, o Instituto Reciclando Sons chega à final com uma metodologia de ensino inovadora, construída com a comunidade
Uma ONG da Cidade Estrutural, que utiliza a música como instrumento de educação e geração de renda, está entre os finalistas do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, responsável por identificar e certificar iniciativas sociais que ajudam a transformar a vida das pessoas. O Instituto Reciclando Sons concorreu com mais de 1,1 mil instituições, de todo o Brasil, que buscavam ser reconhecidas como “tecnologia social” pela Fundação BB. Na edição deste ano, os prêmios podem chegar a R$ 80 mil. De todas as inscritas, 192 foram certificadas e somente 30 continuam na disputa pela premiação final marcada para novembro deste ano. Entre elas o Reciclando Sons. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (4) no site da Fundação BB.

O Instituto nasceu em 2001 com o objetivo de facilitar o acesso da população da favela conhecida como Estrutural à música clássica e à educação musical. Passados doze anos, já atendeu cerca de 1,5 mil crianças, adolescentes e jovens e se tornou reconhecido pela inovadora metodologia de ensino, adaptada durante 10 anos à realidade dos alunos. O modelo adotado envolve a comunidade local, forma músicos e professores em dois anos de estudo e prática constantes, além de gerar renda e prevenir o envolvimento dos alunos em crimes. Em poucos meses os alunos se integram ao coro e orquestra da instituição.

O Grupo já se apresentou em eventos de várias secretarias do Distrito Federal, na Câmara dos Deputados, Ministério da Justiça e da Integração Nacional e na Presidência da República, no Prêmio ODM de 2012, que contou com a participação da Presidente Dilma Rousseff.

A idealizadora e gerente-executiva da ONG, Rejane Pacheco, afirma que a música contribuiu para o desenvolvimento da capacidade das crianças pensarem logicamente e analiticamente, aumenta a concentração, a cognição e o desenvolvimento motor. Segundo ela, o instituto tornou-se uma referência em descobrir talentos na cidade. “Nós já recebemos traficantes, desempregados e pessoas que limpavam chão de supermercado e que se tornaram cantores, compositores e instrumentistas talentosíssimos”, afirma Rejane.

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