Na série semanal de entrevistas com administradores regionais, a AGÊNCIA BRASÍLIA conversou com o administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira. Empossado em 1º de novembro deste ano, ele define metas para a cidade em 2013 e se empenha na realização da campanha Natal Solidário de Águas Claras 2012. A iniciativa começou em 4 de dezembro e segue até o próximo dia 13 com a distribuição de cerca de 6 mil brinquedos em creches, escolas, estabelecimentos comerciais e outras regiões administrativas.
Há pouco mais de um mês à frente da Administração Regional de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira destaca o perfil socioeconômico da cidade e ressalta suas vocações. Ele rejeita a alcunha de "Cidade de Concreto" que alguns atribuem à Águas Claras e dá exemplos da qualidade de vida local. Segundo Carlos Sydney, a região administrativa é uma cidade humanizada pela quantidade de praças, espaços de convivência, plantio de árvores, além de outras ações que reforçam esse conceito.
O senhor foi empossado recentemente. Qual será a marca da sua gestão e os planos para a Administração de Águas Claras em 2013?
Sou um político comunitário que reside na cidade há nove anos. A nossa administração será de transparência e definição das prioridades para a cidade, de acordo com o crivo da comunidade. Destinei dois dias da semana, quarta e sexta-feira pela manhã, somente para ouvir a população e detectar suas principais necessidades. O nosso sistema de trabalho é buscar soluções para os problemas de uma cidade que hoje não tem equipamentos públicos e precisamos criá-los em 2013. Temos uma perspectiva muito grande de obras para o ano que vem. Estou trabalhando em busca de recursos.
Quais são as principais demandas da população?
As demandas são as mais diversas e o conflito de interesses é muito grande porque a nossa região administrativa abrange quatro áreas. Águas Claras não é apenas essa parte vertical cheia de prédios e linda de se ver à noite. Além da parte vertical, a cidade é composta pela ADE (Área de Desenvolvimento Econômico), Arniqueiras e Areal. Temos grande diversidade de classes: de A a E. Quando se fala em Águas Claras se fala em um dos maiores complexos do Brasil de classes sociais. Muitas vezes o que interessa à população do vertical não interessa aos moradores do Areal, por exemplo. Entre os principais problemas da cidade está a questão dos buracos, por que o trânsito de caminhões é pesado, em função das obras. Outras pessoas reivindicam a instalação de posto de saúde, creche, escola para crianças de até 5 anos, delegacia e o fórum, esse, já em construção.
Como é desenvolvido o Natal Solidário de Águas Claras?
Nós, da administração regional, em parceria com o Instituto Brasil Mais Competitivo e empresários da cidade, estamos levando o Papai Noel às crianças mais carentes da região. Estamos arrecadando recursos com os empresários para a distribuição de brinquedos. Até o final da campanha vamos entregar cerca de 6 mil brinquedos em ações que já estão programadas para acontecer até o dia 23 de dezembro. Começamos no dia 4, e na sexta-feira (7) distribuímos 2 mil brinquedos como carrinhos, bonecas e bolas, no Caic Walter Moura, no Areal, onde Papai Noel chegou de helicóptero. Também haverá visitas ao Parque de Águas Claras, à creche Caminho de Luz, no Areal,ao Centro de Educação Infantil Águas Claras, na QS 6 do Areal, e à Escola Classe Arniqueira.
Águas Claras é uma cidade formada predominantemente por prédios, o que às vezes dá a impressão de ser uma cidade de concreto. Que ações a administração tem desenvolvido para humanizar a cidade?
Águas Claras é extremamente humanizada. Estamos entre as cidades do Distrito Federal que têm maior número de praças. Temos 41 e, recentemente, concluímos mais quatro nas quadras 107, 209, 210 e 101. No momento, está em andamento outro espaço de convivência que é a Praça das Garças. Em novembro, nós, da administração regional e a Novacap iniciamos o plantio de 1,5 mil mudas de árvores típicas do cerrado em vários trechos da região. No Areal, toda a Avenida Águas Claras está sendo arborizada. Na área vertical e na ADE,vários trechos também estão recebendo árvores.
Como está a manutenção do Parque Ecológico?
O Parque Ecológico de Águas Claras é do Ibram (Instituto Brasília Ambiental). Precisamos da autorização deles para realizar qualquer intervenção. Nos últimos meses instalamos uma quadra de futebol de praia, futevôlei, quadra poliesportiva, além de banheiros feminino e masculino.
Os transtornos causados pelas obras na cidade são motivo de reclamação. Como está o diálogo entre a administração e as construtoras para minimizar o impacto no trânsito e no dia a dia dos moradores?
Não é possível que uma cidade cresça sem incômodos. Nós procuramos minimizar esses transtornos e não podemos deixar de ver o lado dos investidores. Quem investe também está criando moradias para a população. As empresas geram emprego e renda, são importantes para o desenvolvimento da cidade, mas precisam respeitar as regras. Não podemos admitir abusos. Estamos sendo rígidos com as construtoras e, junto à Agefis (Agência de Fiscalização), punindo excessos, como, por exemplo, sujeira nas pistas, vazamento de água, tapumes fora do lugar e deslocamento indevido de terras.
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