“Caravana das Cidades” leva governador e secretariado a Vicente Pires

  
Na quarta região administrativa a receber a visita do projeto, o governador se comprometeu a lutar pela regularização fundiária e anunciou a pavimentação asfáltica de todas as ruas
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Efetivar a regularização fundiária e garantir a pavimentação asfáltica de todas as ruas da cidade foram os principais compromissos assumidos pelo governador Agnelo Queiroz com os moradores de Vicente Pires, antigo bairro de Taguatinga, construído a partir da ocupação irregular de uma área federal de preservação ambiental. O anúncio foi feito, na última sexta-feira (10), durante programação do projeto Caravana das Cidades na região administrativa.
O governador afirmou que ele e sua equipe vêm mantendo interlocução permanente com o Governo Federal para regularizar Vicente Pires. “Nós queremos que a cidade tenha a marca da sustentabilidade. Temos que discutir novas formas de convivência e, para isso, precisamos do envolvimento concreto de toda a comunidade”, reforçou. Agnelo disse também que já conseguiu recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de R$ 420 milhões, para garantir as obras de drenagem e pavimentação asfáltica.
Ele lembrou que Vicente Pires é a quarta cidade a receber a visita da Caravana das Cidades, o projeto coordenado pela Secretaria de Governo que, por contar com uma metodologia diferenciada, consegue aproximar governo e população de uma forma muito mais intensa. "Esta é uma oportunidade para debates entre o governo e a comunidade. Assim conseguimos, de forma rápida, ter um panorama geral da cidade", explicou.
Reivindicações
O ponto alto da visita foi justamente o momento em que as lideranças comunitárias da cidade apresentaram suas reivindicações à equipe de governo, principal característica do projeto Caravana nas Cidades. Por se tratar de uma área recente - oficializada como RA apenas em 2009-, as principais demandas são relacionadas à regularização dos imóveis.
É o caso dos produtores de vinhos e cachaças, que pedem que os lotes e chácaras sejam regularizados. De acordo com eles, o contexto irregular impede a obtenção de financiamento por causa da falta de documentos. Elza Bernardo, 73 anos, mantém em sua chácara mais de 400 pés de mogno, um parreiral com dois mil pés de uva e outras 25 qualidades de frutas. “É uma honra ter o governador aqui, inclusive para ele ver o que nós temos em Vicente Pires: uma chácara produtiva, onde nós lutamos pela nossa regularização de um modo justo, que agrade tanto o governo quanto nós”.
O assunto também foi lembrado pelo pastor Arnaldo Silva Araújo, representante do Conselho de Pastores de Vicente Pires. Araújo elogiou o esforço do governador para a aprovação do plano ambiental da cidade, mas reforçou a necessidade da regularização de áreas para equipamentos públicos e de uso comum. “Há 90 templos e igrejas em Vicente Pires e nenhum possui terra regularizada. Todos funcionam em terrenos ou casas alugadas”, afirmou.
A regularização esteve presente ainda na fala do vice-presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas, Armando Silveira Oliveira, que pediu a oficialização dos lotes de estabelecimentos comerciais. Ele reivindicou também obras de infraestrutura como a ligação das ruas 4 com a 8, com abertura de acesso para a EPTG, e a adequação do viaduto de entrada da cidade. 
Outra questão crucial para o desenvolvimento de Vicente Pires é a ambiental. Localizada em uma região com muitos mananciais, a cidade sofre com o excesso de água em algumas ruas, o que tem prejudicado e ocasionado o fechamento de parte do comércio da região. No entanto, em alguns pontos de Vicente Pires já foram realizadas obras de drenagem, que modificaram a realidade da população.
Mariazinha Pereira, moradora de Vicente Pires há apenas dois meses, é uma das pessoas que se beneficiaram com a novidade. Dona de um salão de beleza na rua 8, ela explica que comprou o negócio falido por causa da falta de drenagem. “A água abria buracos e gerava muita lama na rua onde está o salão, o que afastava os clientes”, conta. Agora, com as obras de drenagem, Mazinha consegue trabalhar mais tranquila e já possui clientela cativa.




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